segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O amor do soldado

A grande batalha chegou. Alcançou o front, ultrapassou a linha de defesa e atingiu em cheio o peito acuado e tímido que insistia em fazer as coisas de um jeito que só ele entendia. A linha do tempo entregou, num equívoco de seu companheiro que escancarou a porta da paixão. A paixão já não contava com a proteção do amor que, se não tivesse presente, estava doente, enfraquecido. Fraco de ciúmes, de saudades, de incertezas. Mas a linha do tempo entrega de um jeito estranho. Entrega uma mentira forjada de verdade. Uma verdade tão absurda que nunca será verdade, mesmo. E a sua verdade absurda, se misturou com a verdade do outro lado. O fogo amigo virou inimigo, com a artilharia pesada de um outro soldado, morto. Este, renasceu de um lugar inimaginável, mas que fingiu-se de ausente nesta batalha inconsciente. Perdi. A vida em rede mostrou-se o mais traiçoeiro dos soldados.