terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Alguém consegue me escutar?

Quem sabe dizer o que pode acontecer amanhã? Quem sabe apontar um caminho que seja seguro? Quem sabe dizer que esta escolha é melhor do que aquela? Perdoar, quem sabe? E compreender algumas atitudes, alguém arrisca? Quem sabe o que está dentro de nós, de verdade? Quem apostaria no que acontece depois de amanhã? Alguém sabe me dizer o porquê dessa mudança?

Ninguém pode responder pelas suas atitudes, por seus gestos, pelas suas escolhas. Perdoem-me os religiosos, mas não é o "Salvador". Perdoem-me os matemáticos, mas não é a estatística. Os palpiteiros de plantão, mas não é a fofoca. Os bêbados solitários mas sociáveis, no seu antagonismo peculiar, nem sonham.

Quem luta, quem está ao seu lado, quem enfrenta as dificuldades, quem escuta o seu coração, o vosso, o nosso, esse sim pode arriscar. Quem está longe, mas conectado de alguma forma, quem está perto demais e não percebe, quem te acompanha, à distância, quem te viu crescer, vencer, perder, chorar, gargalhar, inventar, de apelidos a músicas, de histórias a estórias. Esse sim pode dizer, quem sabe até afirmar.

Quem sabe quem é, sabe quem é. Quem sabe ler os caminhos tortuosos, diria eu -cíclicos, compreende essa arrogância.
E por falar em arrogância, quem é arrogante o suficiente para não enxergar arrogância nestas palavras?

Alguém escuta tudo isso? Alguém sente tudo isso?
Mas quem sabe tudo isso?

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