quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eterno

Alguns momentos se tornam eternos depois que perdemos. Mas esse eterno é superficial. Hoje parece mentira, parece sonho, parece ilusão. Ilusão de algo que foi real. Perdemos a oportunidade de eternizar o beijo, o cheiro, o toque, o sabor da paixão. Imaginemos, mas não é o suficiente. Suficientemente eterno para que no momento da fraqueza, no momento do rompimento, ou na saudade que teima em buscar fantasmas afirme que tudo não passa do falso eterno. O te amo para sempre fica preso no tempo. Se eu soubesse que essa frase seria a última, eu não a teria dito, se o beijo que te dei seria o último, beijaria você para sempre, tocaria você para sempre, se soubesse que o caminhar de mãos dadas seria o último. Você se foi, mas permanece no eterno. Nas suas multinacionalidades, no seu frescor, na sua música, no seu desenho, na sua obra. Você é eterna numa realidade que não existiu.

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